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Papo de Músico em: Britney, o retorno











Por Bob D.
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Êêêêêiiiiitááááááááááááá!!!! Alô você que mora bem... Mora bem no foco da dengue![risos...] Você esta no BobQuest! O BobQuest é o seu blog de discussão e integração da cultura popular(regional) a cultura pop. Pra quem não sabe (você tava vivendo em alguma caverna?) todos os posts deste blog, funcionam como colunas. Assim esse post vai sempre dar as caras por aqui, abordando temas relativos a musica pop e assuntos integrados a esta. Espero que vocês se divirtam e não se esqueçam de comentar logo abaixo. Valeu!

Acredito que existam muitas pessoas que nunca ouviram falar do caso do Milli Vanilli, famoso grupo pop dos anos oitenta, que revelou-se uma “verdadeira farsa”. Pois é, os dois vocalistas, “as caras da banda” eram na verdade um bando de dubladores. Enquanto estes se apresentavam, fazendo dublagem no palco pra platéia, um grupo de cantores profissionais nos bastidores emprestava suas vozes aos dois bonitões. Ao perceber a farsa, quando numa apresentação do VMA (importante premiação videoclíptca da MTV americana) o áudio que saía dos alto-falantes pulou, por um problema de som, revelando a todos que o que estava sendo apresentado não era uma apresentação ao vivo, como anunciado. Pouco tempo depois a banda e o empresário vieram a público, revelando tudo. Então os organizadores do prêmio musical “Grammy”, exigiram o troféu também ganho pelo Milli Vanilli pouco antes, fosse devolvido. O grupo foi execrado pelo público e o empresário da banda ainda tentou lançar o grupo que emprestava as vozes a dupla, como o verdadeiro Mili Vanili exigindo posteriormente que o Grammy devolvido fosse agora entregue a estes. Algum tempo depois, um dos integrantes do Milli Vanilli, depois de passar por profunda depressão e uma aparição na TV, contando que havia passado por um período de uso abusivo de drogas e agora estava em tratamento, se recuperando. Pouco depois, foi encontrado morto por overdose, sozinho num quarto de hotel.
Muitos agora devem estar dizendo: Farsantes!Bem feito!Pois eu lhes digo que não é bem assim!Vou explicar!
Para exemplificar vou falar de um dos maiores fenômenos da música pop da atualidade: Britney Spears.
Britney é a primeira de um leva de artistas dos anos noventa, saídos da atração da TV norte-americana, “O Clube do Mickey”.
Inicialmente ela fazia um gênero Pop dançante, mais voltado para o público adolescente, adotando o estigma de colegial inocente. Uma linha próxima aos grupos pop de sucesso na época, a exemplo dos Backstreet Boys(“Menudos moderno”?{risos...}).
Com o tempo Britney foi se adequando ao seu público, crescendo biologicamente (uma maravilha de crescimento, por sinal! {risos...}) e emocionalmente junto com ele, seja numa estética mais potencialmente sexualizada, seja convertendo-se e assimilando musicalmente aos gêneros mais consumidos no momento, a exemplo do Hip Hop.
Em algum momento dessa evolução, abateu-se sobre ela um alto declínio, tanto estético, quanto de público e crítica nos seus trabalhos. Ela agora estava gorda, nada mais de seu belo corpo escultural, ou seu belo rosto com olhar de menininha. Ela agora era vista com freqüência em tablóides, careca, bêbada, em companhia de outros ícones da fanfarra e vadiagem da indústria fonográfica e da indústria pop americana.
O público agora clamava, por ver (assim como os romanos vendo os leões devorarem os cristãos no coliseu) ao vivo e em cores, o reality show da decadência e queda de Britney Spears. Todos salivavam na ânsia de ver o fim da princesinha do pop, Madona-mirim.
É algo peculiar a nós humanos. A vontade que temos de ver Rock Balboa vencer Apolo Creed no filme ”Rock, um lutador”, só não é maior que a quantidade de vaias, da rejeição, do decreto de fim de carreira a Stallone diante do anúncio de um sexto filme, após o fracasso do quinto filme da série e de uma série de outros fracassos em sua filmografia. Lembramos muito mais que Rocky V é um péssimo filme, que “Rocky, um lutador” é um marco na história do cinema. No fim preferimos apostar na decadência de Stallone, que o sucesso e a volta dele a uma carreira bem sucedida na série Rocky.
O mesmo podemos dizer de Britney. Agora não haviam mais adolescentes a gritar seu nome. Só um amontoado de calhordas a chamá-la de lunática. Eu digo o seguinte:
Britney nunca foi uma grande cantora. Sempre teve uma voz medíocre, sempre usou playback, nunca compôs nada incrivelmente interessante, sempre dependeu de toda uma equipe nos bastidores, produzindo tudo pra ela. No entanto Milli Vanilli esteve sob as mesmas ou por circunstâncias parecidas e foi execrado, taxados disso e daquilo.Eu lhes digo que isso não se deve ao fato de não cantarem nada, pois Britney tem voz de computador, usa afinador de voz e outros truques de estúdio, auxiliando-a e fazendo com que ouçamos algo que esta longe de ser sua voz realmente, assim como a maioria dos ícones pop do momento.
A verdade e que a maioria dos fenômenos da musica pop num sentido mais poético, vendo por um lado “realista”, não passam de uma carcaça sem vida, sem alma, sem identidade própria, que nos é vendida, exposta e de certa maneira imposta. Vivemos numa ditadura da identidade coletiva, onde se você não ouve isso ou aquilo, você não é legal, não faz parte do grupo. A arte que apresentam é como o ato de beber coca-cola. Ficamos tão seduzidos pela beleza da latinha vermelha, que pouco importa se o que tem dentro dela é a bebida mais deliciosa do mundo ou é apenas açúcar queimado. O que mais vale não é o sabor, é o ato, o ritual, o estatus que leva beber coca-cola, “o refrigerante mais vendido do mundo”.
Não digo aqui que isso é ruim. Objetivo apenas expor minha visão desses fatos e partir em defesa, não de uma mudança no mercado fonográfico (que por si só já esta mudando e mesmo assim, não sei se isso é bom ou ruim), mas a partir em defesa dos seres humanos envolvidos. Nossos ídolos, nosso artistas, não são diferentes de qualquer produto. Engano seu, se você acha que o mercado vê seres humanos como quaisquer outras coisas que não seja números, que não seja grana.
Britney assim como qualquer artista do nosso mundinho capitalista (vide Michael Jackson) vale tanto quanto uma lata de refrigerante. Após usada, você pode jogá-la na latrina e tudo bem.
Aquilo que vemos no palco, por traz da maquiagem, das coreografias mirabolantes , da pirotecnia, aquilo por baixo de toda a indumentária, sim, é um ser humano!Nos no entandto, não compramos artistas, humanos. Nós compramos versões estilizadas de homens e mulheres, travestidos de super- heróis quadrinescos.
Buscamos um ícone puro, forte e incorruptível pra ser consumido, digerido e expelido. Buscamos figuras perfeitas, por que isso nos faz sentir menos sujos, menos imperfeitos. Todo o dia enganamos a nós mesmos, fugimos dos nossos próprios “pecados”, na busca pelo novo bode expiatório.
Amigos, eu não sei se essa massificação, esse tipo de produção de artistas é melhor ou pior pra gente. Imagino que um pouco dos dois, já que tanto a forma mais romantizada de criação musical, quanto a produção feita pelos grandes estúdios podem trazer vantagem e desvantagem a indústria e ao público consumidor.
O incrível é que Britney conseguiu dar a volta por cima. Claro, pelo auto investimento (coisa rara de acontecer) da gravadora, a fim de ganhar mais grana, renovando e adequando a carreira da senhora Spears as mudanças de mercado, fazendo uma enorme campanha de publicidade. Recentemente ela foi ganhadora de prêmios da MTV (ganhos por votação popular).
Bem amigos, fico por aqui, mas prometo que logo volto com mais assunto sobre o mercado fonográfico. Xau!!!


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