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Salada Poética

Por Zanah Rios

A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.”

Vinícius de Moraes


Soneto da separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.


Vinícius de Moraes



Oláaaaaaa! Povão de todas as tribos, sejam bem vindos! E não fiquem tímidos, sintam-se em casa! Espero que vocês tenham reparado que o mês de outubro foi dedicado as mulheres, este, em contrapartida será oferecido aos homens que de igual sensibilidade, se é que assim posso dizer, compuseram delicadas joias da literatura. Nosso convidado de hoje é “o poetinha”, deste modo, o chamava Toquinho carinhosamente( cantor e compositor da MPB). Dado a boemia, Vinícius casou-se nove vezes, em seus poemas podemos sentir a paixão pela vida, pelos amigos e pelas mulheres. Ele se considerava um “labirinto em busca de saída”.Segundo o poeta mineiro Drummond de Andrade "Foi o único de nós que teve a vida de poeta".

Esta é a nossa Salada Poética!

Apreciem sem moderação!


A poesia pode nos levar a labirintos estreitos, mas nada mais extasiante que encontrar aquela palavra, que compõe a rima do verso que nos provocava.


Substancial

Não quero escrever, quero chorar meu desencanto.

Afeita das escolhas que fiz, explodir em pranto.

Desenraizar-te de mim... não consigo..é profundo;

sangra...dói tanto!


Onde habitarei se não em casas estranhas,

sem a primavera perfumada dos meus dias tantos.

Freme meu peito...ecoa surdo...cala o canto;

sangra...doí tanto!


Sem teu olhar infindo não há versos livres,

ficam prisioneiros da dor de não poder revê-los.

Morre um amor...rebento do desvelo...cobre o manto;

sangra...dói tanto!


Tão pouco te pedi, sem nada a esperar, não te condenei.

E ainda que eu exista no avesso da alegria, não te condeno.

Acalentada pela poesia...prescruto teu coração... que sei;

também sangra...também...dói tanto!


Zanah Rios



Wellcome... Well num come ninguém não!!!

Bem vindo ao seu espaço de discussão sobre Cultura Pop, o BobQuest! O BobQuest é um blog diferenciado. Somente nele voçê pode ser voz ativa e voz ouvida. Nele discutimos desde as principais mazelas da Cultura Pop (nossa especialidade) até assuntos do dia a dia, o que popularmente é definido como "papo de buteco". Divirta-se e fique livre para xingar, comentar e usar da sua liberdade democrática, pois aqui é um dos poucos lugares onde esta será amplamente respeitada.
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Somos apenas "caras comuns" que querem ser voz ativa e voz ouvida. A internet é a única ferramenta que dispomos pra dizer o que queremos, quando queremos. Ela é o último veículo de comunicação cem por cento democrático. É o único meio de explanação de pensamentos livres de repressão por parte dos poderes, por isso nós aqui a utilizaremos da forma mais livre e sucinta para adentrar e discutir desde as tendências do mundo pop a quaisquer outros assuntos, independente de influências externas ou internas. Aqui você terá liberdade de falar o que bem quiser... enquanto for possível.

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